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O estádio mais antigo do Brasil que virou abrigo para cães no Rio Grande do Sul

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O estádio mais antigo do Brasil que virou abrigo para cães no Rio Grande do Sul

De propriedade do Esporte Clube Pelotas, a Boca do Lobo recebeu centenas de animais desde a abertura do Canil Solidário. Animais mais dóceis podem ficar na mesma baia; separação foi improvisada por voluntários Divulgação O Estádio Boca do Lobo, o mais antigo do país, com 115 anos, tornou-se refúgio para cães em Pelotas, em meio às enchentes que deixaram um rastro de destruição no Rio Grande do Sul. ???? Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O município gaúcho, com uma população de cerca de 325 mil pessoas, é um dos 428 afetados pelas fortes chuvas (de um total de 497 cidades no Estado) que deixaram 107 pessoas mortas, afetaram mais 1,4 milhão de pessoas e atingiram também um número ainda não calculado de animais domésticos, selvagens e de produção. Pelotas fica às margens do Canal São Gonçalo, que liga as lagoas dos Patos e Mirim. A área foi severamente castigada nos últimos dias. LEIA TAMBÉM: Governo do RS estima reconstrução em R$ 19 bilhões Mãe resgata filho autista ilhado após ajuda de bombeiros Cavalo Caramelo: entenda como animal foi resgatado De propriedade do Esporte Clube Pelotas, a Boca do Lobo recebeu centenas de animais desde a abertura do "Canil Solidário". A iniciativa partiu de um grupo de associados do clube, capitaneados pelo vice-presidente, Vinícius Braga Conrad. O primeiro acolhimento foi registrado às 17h de terça-feira (7), e nas horas seguintes o movimento cresceu a ponto de surpreender os próprios responsáveis. "O acolhimento começou de forma pequena, e agora temos praticamente toda a arquibancada ocupada", afirmou Conrad à BBC News Brasil na manhã de quarta-feira (8). Centenas de animais foram recolhidos no estádio Divulgação/Leandro Lopes "Tivemos a ideia pela manhã, no início da tarde tudo já estava em execução e antes mesmo do anúncio nas redes, já havia filas de pessoas querendo deixar seus pets." A adesão foi tão grande que, neste momento, o clube estabeleceu uma triagem mínima. "Se for preciso, a gente consegue se mobilizar e acomodar mais animais. Temos estrutura para abrigar o máximo. Mas, paralelamente, avisamos que há outros locais, alguns destinados somente a cães, outros a gatos", explica Conrad. O dirigente, que participa de ações de evacuação de moradores há quatro dias, está à frente de uma equipe multidisciplinar que inclui veterinários, professores universitários e voluntários. Muitas vezes, Conrad e seus colaboradores recebem chamados pelas redes sociais e deslocam-se para recolher os animais. Ao chegar ao estádio, os cães são examinados e recebem medicação contra pulgas e vermes. "Cuidados com a saúde e o bem-estar animal são necessários para que, na intenção de ajudar, não se crie um problema maior com a disseminação de doenças", explica o vice-presidente do Pelotas. A iniciativa tem o apoio da prefeitura e de outros órgãos públicos. Cavalo preso em telhado na enchente é salvo no RS Boca de Lobo A Boca do Lobo foi inaugurada em 11 de outubro de 1908, em uma partida entre o Pelotas e o Rio Grande, do município vizinho homônimo. O apelido surgiu da localização entre duas ruas com traçado que lembra as mandíbulas abertas do animal, e acabou sendo adotado como nome oficial. O local, com capacidade para 23 mil espectadores, chegou a receber em 1994 um amistoso do clube contra a seleção da Rússia, que enfrentaria naquele ano a seleção brasileira na Copa do Mundo dos Estados Unidos. O Estádio foi criado em 1908 e funciona até hoje — na foto, um jogo em 1960 Divulgação/Acervo Arquivo Lobão Apelidado Lobão e Áureo-cerúleo (em razão das cores amarela e azul), o Pelotas foi campeão gaúcho por duas vezes, em 1911 e 1930. Hoje, disputa a segunda divisão do campeonato estadual. Pelotas enfrenta uma situação dramática desde que a cheia atingiu o município, há dois dias. Na segunda-feira (6), alguns bairros às margens do Canal São Gonçalo já registravam alagamentos. Na manhã de quarta (8), a orla da Praia do Laranjal, distrito do município às margens da Lagoa dos Patos, já estava completamente submersa. A prefeitura havia determinado a evacuação de 20 localidades do município. Três abrigos acolhiam mais de 140 pessoas. ‘Tragédia no RS é responsabilidade também de senadores e deputados que desmontam legislação ambiental’, diz secretário do Observatório do Clima Onde ficam as barragens com risco de rompimento no Rio Grande do Sul 'Já chorei muito': moradores de Porto Alegre lotam abrigo enquanto chuva volta a cair no Rio Grande do Sul

Publicada por: RBSYS

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