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'Ele precisa ir para casa', diz esposa de médico do ES que está na UTI após infarto durante trabalho no RS

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'Ele precisa ir para casa', diz esposa de médico do ES que está na UTI após infarto durante trabalho no RS

Walter José Roberte Borges, 50 anos, vai passar por traqueostomia na tarde desta segunda-feira (27), após recuperação da cirurgia que será analisada a viabilidade da transferência do paciente para o Espírito Santo. Walter José Roberte, de 50 anos e mulher Daianny. Anestesista do Espírito Santo sofreu infarto enquanto trabalhava Reprodução/TV Gazeta O médico do Espírito Santo que ajudava vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, e que está em estado grave após um infarto, vai realizar uma traqueostomia na tarde desta segunda-feira (27). Segundo a esposa de Walter José Roberte Borges, Daianny Ulhoua, o anestesista segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com ventilação mecânica. A família aguarda evolução para que o médico seja transferido ao estado de origem. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A traqueostomia é um procedimento cirúrgico em que é feito uma abertura frontal na traqueia do paciente e a função é levar o ar até os pulmões no processo de respiração. ???? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Daianny explicou ao g1 que Walter estava trabalhando no Hospital Escola UFPEL em Pelotas nos últimos 20 dias. A família disse ainda que ele participava de um grupo de médicos que realizava mutirões de cirurgia em situações extremas. Médico capixaba infarta enquanto trabalhava no RS ajudando vítimas das chuvas O anestesista trabalhava em plantões de 48 a 72h na cidade. Eventualmente, depois que realizava o trabalho no hospital, atuava como voluntário ajudando pessoas vítimas da enchente. Mas ele não teria sofrido infarto enquanto fazia atendimento voluntário. "Ele encontra- se em estado crítico, com ventilação mecânica. Estamos longe de casa, dos familiares, em um lugar que já está sofrendo pelas catástrofes. Ele precisa ir para casa, a gente precisa tentar levar ele para casa. Aqui tá muito difícil, muito frio, muita chuva, a gente não conhece ninguém aqui. O Espírito Santo é a casa dele", desabafou a esposa. Segundo a família, nos últimos dias, o médico realizou algumas viagens indo para o Rio Grande do Sul e voltando ao Espírito Santo diversas vezes. Walter ficava em contato constante com a família e relatava a situação vivenciada no Rio Grande do Sul. Em um vídeo gravado, Walter José narra que está indo salvar pessoas em um local ilhado. Nas imagens (veja abaixo) é possível ver a rua totalmente alagada. Médico capixaba trabalhava em plantões e depois ajudava vítimas das enchentes A esposa e a sogra do médico foram até o Rio Grande do Sul assim que ficaram sabendo da situação de Walter e estão acompanhando o caso. Transferência para o Espírito Santo O principal apelo da família é de que Walter seja transferido para o Espírito Santo. Segundo a família, além dele estar perto dos familiares, alguns exames que possam ajudar no diagnóstico poderiam ser feitos. "O hospital não dispõe de exames complementares para definir diagnóstico. Precisamos transportá-lo para um hospital com condições de suporte neurológico, mas não temos condições de realizar o transporte particular", disse Daianny. LEIA TAMBÉM: Médico sai do ES para ajudar vítimas da chuva e é encontrado morto em abrigo no RS Quem é o médico do ES que está em estado vegetativo na UTI após infarto ao ajudar vítimas da chuva no RS De acordo com o cunhado do anestesista, Herike Assis, a família está tentando a transferência assim que ficaram sabendo da situação. "Falaram que pela condição dele, por estar entubado e com medicação controlada, controlar pressão e tendo oscilações de febre, não era prudente ele ter um deslocamento. Depois da cirurgia que será realizada nesta segunda, temos que esperar pelo menos 24h para ver como ele vai reagir e se será possível a transferência", explicou Assis. Anestesista de 50 anos do Espírito Santo sofreu infarto no RS enquanto trabalhava atendendo vítimas das chuvas Reprodução/TV Gazeta A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou nesta segunda-feira (27) que realizou contato com o hospital em que o paciente está internado no estado do Rio Grande do Sul e já providenciou leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A modalidade de transferência está em avaliação pelas equipes técnicas. O médico tem dois filhos, de 8 e 12 anos, é casado e mora em Vila Velha, na Grande Vitória, onde também tem uma clínica com a esposa, que é dentista. O Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE UFPel), abriu uma investigação preliminar para apuração do ocorrido, processo que corre sob sigilo. Informou também que o médico anestesista Walter José Roberte Borges é profissional ligado à empresa Idec Saúde Ltda, que presta serviços terceirizados de anestesiologia à instituição desde março de 2023. Disse ainda que, durante a realização de uma cirurgia no dia 20 de maio, o profissional saiu da sala e, ao ser encontrado, estava inconsciente e foi imediatamente atendido pela equipe, resultando em sua internação na UTI do hospital, onde permanece em cuidados intensivos até o momento, sendo atendido por médicos intensivistas e especialistas, com todo o apoio diagnóstico necessário. Entenda o caso Walter viajou com um grupo de médicos devido ao aumento da demanda por profissionais da saúde provocado pelas inundações no estado gaúcho. Borges é morador de Vila Velha, na Grande Vitória. Na última segunda-feira (20), Walter saiu no meio de uma cirurgia no Hospital Universitário de Pelotas, mas não retornou. Segundo o cunhado do médico, Herike Assis, ao procurá-lo, profissionais o encontraram já desacordado, dentro de um banheiro. Apesar de fumar, ele não tinha histórico de problemas de saúde. "Ele passou mais de 8 minutos sem oxigenação. Agora foram diagnosticadas algumas lesões cerebrais que indicam estado vegetativo. Ele é rodeado de médicos na família, e eles se juntaram para pedir uma ressonância, até para a família entender o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida nele", afirmou o cunhado. Herike Assis explicou ainda que o setor público de saúde tem procedimentos para garantir que a transferência seja feita com segurança para o paciente. "Uma vez o paciente sendo do SUS, não pode ter movimentação privada. É um protocolo e tudo tem que ser exatamente feito pelo SUS", disse. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), segundo Herike, já manifestou que pode intervir para fazer o translado, mas o hospital gaúcho tem que autorizar. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

Publicada por: RBSYS

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